2014/11/14

Roger Federer


Declaração de interesses: eu gosto de (quase) todos os desportos. 
É uma atividade que alia (quase) sempre a capacidade física com atitude competitiva, querer, pundonor muitas vezes a roçar o orgulho e uma beleza estética que comparo muito ao bailado
O Ténis é um deles.
Acompanho a modalidade desde o tempo de Björn "IceBorg" e tenho visto durante todo este tempo todo o tipo (estilo) de jogadores.
Nada se compara a a Roger.
Se dúvidas houvesse de quem é o melhor jogador de ténis de sempre, ontem perante Andy Murray, mais do que ganhar o encontro por uns humilhantes 6/0 e 6/1, passeou toda a sua classe e  deu uma verdadeira aula que, suponho irá figurar nos compendios de Ténis por todo o mundo*.
Não são só as questões técnicas porque sobre essas não tenho competência para perorar embora perceba a variedade de pancadas que executa durante o jogo. Direitas, esquerdas chapadas com top spin ou em slice, cruzadas ou na linha, amortis, voleys e half-voleys, smashes, não esquecendo o jogo de pés (qual o bailarino que não gostaria de ter aquela naturalidade?), tudo aquilo sai com uma naturalidade e uma elegância que nenhum outro jogador da atualidade tem.
Alia ainda a tudo isto uma coisa que eu gosto sobremaneira num Desportista (assim com letra grande). Não se vê um gesto sobranceiro quando ganha e tem uma enorme humildade quando perde. Valha a verdade que nesse aspeto está muito bem acompanhado pelos outros tenistas de topo, salvo raras e pouco honrosas exceções.
Não é por acaso que ganhou o Stefan Edberd Sportsmanship of the Year 10 vezes nos últimos 11 anos e ATPWorld Tour.com Fan's' Favorite durante os últimos 14(!) anos  

Perde com Nadal? Sim e não. Irá perder agora com Jokovic? Talvez. 
Aos 33 anos já bateu todos os recordes que havia para bater e continua em campo o mesmo que de 2003.  

* Ficará seguramente ao lado do compêndio de Ivan Lendl

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