Estive hoje à conversa via Skype com um amigo alemão que vive na Áustria a perto da fronteira com a Alemanha, a cerca de 250 km de Munique.
Disse-me que tinha recebido uma oferta de trabalho em Joanesburgo, tendo eu comentado que a coisa era um bocado longe.
Na volta respondeu-me que nem por isso.
Perante o meu ar espantado disse-me que a Lufthansa mantém dois voos diários noturnos, de e para Joanesburgo, pelo que, podia, ele que dorme regaladamente em todos os voos noturnos ou diurnos*, vir a casa todos os fins de semana (saída à quinta e regresso ao domingo) coisa que não poderia fazer se, por exemplo, o trabalho fosse em Barcelona dadas as ligações e o tempo de espera nos aeroportos o que, valha a verdade, é um bocado ridículo e é demonstrativo de como as distâncias ou, mais corretamente, os tempos para as percorrer são, nos tempos que correm, muito relativos.
Depois desta conversa veio-me à memória uma situação que se passou comigo.
Na década de noventa do século passado tive uma reunião em Antuérpia que dista cerca de 50 km de Bruxelas.
Um nosso colega alemão, a trabalhar em Hannover, pediu aos seus serviços que lhe arranjassem uma viagem para Antuérpia. Não olhando ao mapa, o pobre do homem foi de Hannover para Amesterdão, onde esperou duas horas por uma ligação aérea para Antuérpia, sendo que, de autocarro, demora-se o mesmo tempo que se leva do aeroporto de Bruxelas (o voo de Hannover para Bruxelas demora 50 m) ao centro de Antuérpia.
Lembrei-me ainda deste vídeo datado de 2011, que retrata bem o fluxo aéreo que atravessa o espaço aéreo do planeta durante 24 horas e do qual, já tinha dado conta aqui. Três anos depois deve ser bem pior.
Um grande abraço aos Controladores de Tráfego Aéreo e, por favor, cuidem bem da gente.
* Já voei dezenas de vezes com ele e garanto que.ainda o avião está na manga e já ele dorme.
Bela companhia sobretudo para os voos intercontinentais porque eu sou incapaz de pregar olho.
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