Resposta de Ferreira Fernandes
Caro Senhor Fernando Frazão,
O texto da minha colega não é contraditório com o que eu escrevi. A minha crónica não desmentia que Ingrid Betancourt aparecesse com bom aspecto – e que isso não pudesse ser, até, motivo de espanto. Eu próprio fiquei, não espantado, mas surpreendido (na verdade, agradavelmente surpreendido). A minha crónica era contra os que perante esse facto insinuavam. Para o bom aspecto eu encontrei logo (nos 30 segundos que dediquei à questão) uma explicação verosímil: há meses que, pelas negociações internacionais, havia a possibilidade de uma libertação iminente, daí que as FARC a alimentassem bem para não ficarem mal vistas. Haverá talvez outra explicação. Mas o que eu não admito são as insinuações que, no limite, punham em causa o sequestro – e essas apareceram, muitas, na blogosfera. Aquela mulher perdeu seis anos da sua vida, perdeu seis anos do crescimento dos seus filhos adolescente, não esteve ao lado do pai quando ele morreu – e querem transformá-la, em vez de vítima, em cúmplice de não sei do quê?
Muito obrigado por me ter escrito, permitindo que eu precisasse o que havia escrito.
Os meus melhores cumprientos,
José Ferreira Fernandes
2008/07/10
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