2011/04/22

Revienga pascal

Há muitos anos que um grupo de militantes informáticos, agora reforçados por um rugbista de gema, trabalhando na mesma empresa se reune para aquilo a que chamamos A Revienga Pascal.
Umas vezes em restaurantes outras em casa de um dos militantes a coisa transforma-se numa espécie de La Grand Boufe sem, obviamente, os excessos protagonizados pelos grandes Philipe Noiret, Ugo Tagnazzi, Marcelo Mastroiani e Michel Picolli, organizados pelo Marco Ferreri.
O António, grande mentor da coisa, faltou este ano e irá faltar para sempre. E a falta que ele faz.
Absolutamente lamentável. De qualquer forma "the show must go on". Nem ele quereria de outra forma.
Saudade, muita saudade.
Sempre que me lembro de ti vem-me à memória isto que, embora escrito e cantado noutro contexto, retrata bem a nossa relação:





Eu canto para ti o mês das giestas
O mês de morte e crescimento ó meu a migo
Como um cristal par indo-se plan gente
No fundo da me mória perturbada

Eu canto para ti o mês onde começa a mágoa
E um coração poisado sobre a tua ausência
Eu canto um mês com lágrimas e sol o grave mês
Em que os mortos amados batem à porta do poema

Porque tu me disseste quem em dera em Lisboa
Quem me dera me Maio depois morreste
Com Lisboa tão longe ó meu irmão tão breve
Que nunca mais acenderás no meu o teu cigarro

Eu canto para ti Lisboa à tua espera
Teu nome escrito com ternura sobre as águas
E o teu retrato em cada rua onde não passas
Trazendo no sorriso a flor do mês de Maio

Porque tu me disseste quem em dera em Maio
Porque te vi morrer eu canto para ti
Lisboa e o sol, Lisboa com lágrimas
Lisboa à tua espera ó meu irmão tão breve
Eu canto para ti Lisboa à tua espera...

Poema - Manuel Alegre
Música - Adriano Correia de Oliveira



De qualquer modo a reviença foi feita em casa do Vasco "Blight" Moreira organizada, por ele, do seguinte modo:

VERSÃO MELHORADA RELEASE 3.0:

BACALHAU - Já está tratado por VMM
BATATINHA - Vale a pena tratares Aninhas ou compro do normalíssimo?
PERCEBES - João Carlos Sales trata no OESTE
CAMARÕES - João Carlos Sales trata no OESTE
AMEIJOAS - João Carlos Sales trata no OESTE
TINTOL - Manuel leva uma aproximação de tinto da manhonha … LOL!
TINTOL - Ana e Fred levam vinho tinto verdadeiro?
AMPOLA - Raul trata de uma ampola de qualidade
AMPOLA - Gonçalves leva ampola genuína de medronho ou lá o caneco que seja …
MINI - João Frazão leva minis em quantidade já geladas (BOCK ou SAGRES?)
JAMESON - Carlos fernel leva um JAMESOZINHO
MOUSSE CHOC- Cris trata
SOBREMESA - Quem se candidata?
PATÊS E QUEIJOS - João Frazão
SILÍCIO - João Frazão trata (ké esta merda?)
GRÃO DE BICO - João Frazão (Isto é uma sugestão de menu duplo? Bacalhau assado com batatas e bacalhau cozido com grão?)
CHOURIÇAS - Luis arregimenta
Notas:
1 – Todos os itens são susceptíveis de discussão, incluindo o menu. Sugestões, não só são bem-vindas, como fundamentais.
2 – A ideia aprovada em assembleia geral é que antes ou depois do almoço, consoante a despesa global, se faz um encontro de contas para que os dois quilos de marisco que o Lourenço vai levar do oeste possam ser postos em consonância com os 250 litros de bebida à base de uva que o Manel traz de Monsanto …
3 – A provocação ao Manel foi só em prol do ânimo na troca de emails

De resto, está confirmada a data, a hora e o local … e a partir daí é só conviver!

Aqui fica a foto para a posteridade (falta a Cristina).
Resta acrescentar que o repasto correu de forma superior e o autor deste post chegou a casa bastante "carregado" o que lhe valeu valente bronca e uma "queda na máscara" imediata até ao dia seguinte.



PS: Esclarecimento do João Frazão em relação às dúvidas colocadas sobre o Menu:

O silício é para pores na perna e o grão de bico é para te ajoelhares nele, enquanto rezas.

1 comentário:

Fred disse...

Ao longo dos últimos anos questionei-me frequentemente sobre como seria depois da sua partida.

Uma outra vida começaria, sabia-o à muito. Mais cinzenta, claro, muito mais cinzenta.

Sempre vi o mundo filtrado pelos seus olhos, pela sua imensa sabedoria.

Qual o caminho a percorrer a partir deste ponto? Como olhar para as coisas? Como ver para lá da espuma dos acontecimentos?

Compreendo hoje que continuo a ver o mundo pelos seus olhos. Pergunto-me continuamente qual seria a sua perspectiva perante este ou aquele acontecimento e, mesmo sem as suas palavras, sei a sua opinião.

Talvez a cumplicidade tenha tenha sido o melhor que conseguimos criar. Talvez seja mesmo a única coisa que conseguimos uns dos outros. Foi pouco? Não, foi muito! Foi imenso! Que sorte que tive!

O meu Pai, a minha única referência.