2008/12/31

2009 - Prosit Neujahr!

Amanhã não esquecer (RTP1 14,15h) o Concerto de Ano Novo a partir da Grande Sala do Musikverein desta vez com o Daniel Baremboim a dirigir a orquestra e com um "rebuçado" A Sinfonia Despedida do Josef Haydn (comemoram-se 200 anos da sua morte)

Vespeiro

Pouco me importa se estão todos de acordo ( até Amos Oz). Não conheço nenhuma guerra ganha num emaranhado urbano de civis com inimigos.

Os palestinianos estão cercados pelo opressor sionista. Não sabia que o Egipto é um estado sionista.

Quando a Fatah ataca o Hamas, mata soldados e militantes do Hamas; quando Israel ataca o Hamas, as baixas são todas civis - "pessoas" na língua dos media portugueses.

no Mar Salgado e eu subscrevo.

Country - Honky Tonk Badonkadonk - Jamey Johnson

Ibrahim Ferrer - Dos Gardenias

Buena Vista Social Club . Candela

2008/12/27

Mensagem de Natal

2008/12/26

Previsões para 2009

A ver se acontece

Até o cristão-novo do "socratismo" José Miguel Júdice deu mostras de um resquício de lucidez. «2009 será um dos piores anos da história económica de Portugal e o pior desde a implantação da democracia», escreve ele no Público. Faça uma ficha com isso e aproveite para a dar ao admirável Sócrates

2008/08/17

A EMERGÊNCIA DE NOVAS POTÊNCIAS

No meio da transumância anual de Portugal e dos portugueses, a que chamamos férias, o mundo está a mudar muito rapidamente e muito perigosamente. A China e a Rússia estão todos os dias a ocupar o espaço deixado livre pelas potências anteriores, o eixo euro-atlântico, entre os EUA e a União Europeia, com enormes implicações para o futuro do século XXI. É um clássico processo geopolítico, os poderes fracos deixam espaço a novos poderes emergentes, que rapidamente ocupam a cena mundial ditando as suas regras. A União Europeia não conta para nada, nem sequer para a retórica, apenas os EUA e os antigos países do Pacto de Varsóvia esboçam uma tímida resistência, mais simbólica do que efectiva, mas mesmo assim resistência.

Os casos da China e da Rússia não são idênticos. A China emerge como grande potência mundial assente numa combinação única entre capitalismo e um sistema repressivo e autoritário de "consenso" que usa a capa do comunismo, mas pouco tem a ver com ele. O processo chinês é único e demasiado complexo para caber nos modelos conhecidos. É também uma experiência que tem muito do pensamento e história "oriental" que compreendemos pouco por nos ser civilizacionalmente alheia. Como no Japão, os mecanismos do "consenso" forçado, vistos como legitimação da hierarquia, estabilidade e "ordem", têm um apoio social que seria inexplicável na tradição europeia.

Há enormes virtualidades no processo chinês, exactamente pela sua vitalidade económica, que está a tirar milhões de pessoas da pobreza e está a produzir liberdade e democracia a partir dos mecanismos sociais do capitalismo, mas é só uma questão de prazo até que se gerem imensos riscos de conflitualidade social e política. Na China, porém, não há no poder a combinação de autocracia (com traços de poder pessoal) e cleptocracia como há na Rússia. O processo capitalista na China é uma opção estratégica e não uma adaptação ao fim da economia planificada do comunismo. As regras definidas pelo poder comunista são tidas como seguras pelos investidores estrangeiros, que geram na China uma economia e um crescimento que não é assente apenas na exploração das riquezas naturais. A muito dura luta contra a corrupção feita pelo PC Chinês funciona como legitimação do poder e para além de certos limites o poder político não interfere discricionariamente na economia privada. Uma parte importante da população beneficia positivamente de alterações no consumo e na qualidade de vida.

As coisas não podem continuar como estão e a uma dada altura haverá convulsões entre o dinamismo da sociedade e o carácter autocrático do poder político, mas para já o efeito de poder mundial chinês não se faz por uma política agressiva para além do estrito leque de questões de unidade e soberania nacional que sempre se colocaram em relação, por exemplo, a Taiwan. E, mesmo aí, os chineses mostram uma capacidade de negociação e de compromisso sem paralelo. Os chineses estão a mudar os quadros do mundo como potência emergente, essencialmente pelo seu poder político-económico e não por uma política agressiva político-militar.

A Rússia é muito diferente. Nenhum investidor estrangeiro sério, que não viva de economias predadoras como as que se criam à volta do petróleo, do gás natural e dos recursos mineiros, investe na Rússia. Eles sabem que as regras são ambíguas, a legislação presta-se para tudo, o Estado, a burocracia, central e regional, faz literalmente o que quer, pode mandar prender um novo-rico porque ele se tornou incómodo para o poder político e deixar outro à solta a ganhar biliões, exactamente nas mesmas circunstâncias de fuga aos impostos ou irregularidades financeiras. A discricionariedade política e judicial é total, os controlos dos aparelhos militares, policiais e da justiça são políticos e tudo mergulha num ambiente de corrupção generalizada. Apesar dos enormes ganhos recentes com os combustíveis, a população russa pouco beneficiou da hiper-riqueza dos novos-ricos russos aliados ao poder e das máfias, por sua vez também aliadas ao poder. A Rússia está longe de ter conhecido a verdadeira revolução produtiva da China, e cidades, vilas, regiões inteiras permanecem num limbo de pobreza e mediocridade agravando a deterioração de tudo: casas, linhas férreas, fábricas, serviços públicos, estradas, aeroportos, etc. Saia-se de Moscovo, do centro de Moscovo ou de São Petersburgo, e é como se o cinzento do comunismo continuasse a dominar populações resignadas, com líderes violentos e corruptos.

Na Rússia como na China, não há verdadeira democracia nem liberdades. O poder político existente, quer seja o nacional, o regional ou o de uma cidade, continua a controlar os órgãos de comunicação, a ameaçar os que divergem, nalguns casos a perseguir, ferir ou matar os que denunciam o que se passa. O sistema político é, como quase tudo na sociedade, uma sobrevivência híbrida do comunismo, fragmentado, dominado por partidos e personalidades pouco recomendáveis, puxado para os extremos do comunismo ortodoxo e do fascismo xenófobo e revanchista. Com votos.

O poder político central permanece autocrático e capaz de tudo para se defender. Ieltsin e a família dividiram os espólios de matérias-primas por meia dúzia de amigos e fiéis, Putin chegou ao poder na base de uma história nunca esclarecida de explosões terroristas "tchetchenas", que envolvia os serviços secretos que ele dirigia, e que lhe serviu de pretexto para uma operação militar que, se o Tribunal Penal Internacional fosse o que diz ser, implicaria levá-lo ao banco dos réus de Haia como criminoso de guerra. Putin restaurou o nacionalismo russo a partir da manipulação da genuína sensação de humilhação que muitos russos partilhavam ao ver o seu país perder todo o poder que tinha com a queda do comunismo, e tornou-o na base de uma política externa pouco diferente da soviética, cada vez com mais crescente agressividade, dentro e fora das fronteiras.

O que se passa na Geórgia deveria fazer soar o mais clamoroso sinal de alarme, não só pelo que significa de per si, como pelo facto de deitar uma luz retrospectiva sobre os erros sucessivos cometidos pelos EUA e pela UE nos Balcãs. O que os russos estão a dizer é: "Vocês humilharam-nos nos Balcãs, nós mandamos no Cáucaso." Mas dizem mais: "Em toda a área das antigas repúblicas da URSS que se tornaram independentes, assim como do Pacto de Varsóvia, nós temos um droit de regard maximalista e reclamamos o direito de 'protecção' das populações russas (quase sempre emigradas para aquelas regiões na sequência de políticas soviéticas de 'russificação' das zonas onde havia mais forte nacionalismo anti-russo, como aconteceu nos países bálticos) que implica a intervenção militar em países soberanos." O resultado é que vários países nas fronteiras da Rússia têm uma soberania limitada, a Ucrânia, a Moldova, a Geórgia, mesmo os países bálticos têm que aceitar enclaves protegidos por tropas russas, constituindo "países" que ninguém reconhece (na Moldova e na Geórgia por exemplo), ou aceitar direitos de passagem, estacionamento e bases militares que limitam a soberania (como acontece na Ucrânia e nos bálticos). Mais ainda: não tenham veleidades de ser soberanos ao ponto de quererem entrar em alianças como a OTAN, porque isso é inaceitável pela Rússia.

Quando os presidentes e dirigentes da Polónia, Lituânia e Ucrânia vão a Tiblissi apoiar os georgianos, eles sabem muito bem a parte do mundo em que vivem, o carácter do seu vizinho e antigo dominador, e o que está em causa. Os EUA muito fragilizados ainda tentaram ir além da retórica, mas não foram e sofreram uma derrota para os seus objectivos estratégicos. A UE é penoso de se ver, não conta para nada, os seus esforços diplomáticos, visto que não tem outra capacidade, ainda foram empurrados pela parte mais preocupada dos antigos países de Leste, mas são incapazes sequer de garantir aos georgianos a sua soberania sobre a Abkázia e a Ossétia, mesmo que virtual. O precedente do Kosovo também ajuda a Rússia, que pode, tão unilateralmente como fizeram os EUA e vários países da UE, reclamar independências à margem das Nações Unidas para as suas zonas de ocupação na Geórgia.

Balcãs e Cáucaso, como sempre, vão continuar a ser o sítio onde se medem as forças. E uma nova Rússia autocrática e agressiva mostrou o seu poder, a UE e os EUA mostraram o seu declínio. Bem-vindos ao século XXI.

José pacheco Pereira

(Publicado no Público em 16 de Agosto de 2008.)

2008/08/07

A bolsa ou...a vida

Projecção para daqui a uns tempos:

Galp, BCP, Zon, Brisa e Cimpor são 'Top Picks' da Lisbon Brokers
Os analistas da corretora Lisboeta revelaram hoje quais os seus títulos nacionais favoritos até ao fim do ano, considerando que os investidores devem calmamente começar a comprar estes papéis, por considerarem que encontram a preços atraentes, ao mesmo tempo que têm um modelo de negócio "sólido" que os irá ajudar a resistir à má conjuntura económica, que deverá continuar no curto prazo.

Pedro Duarte

Segundo a nota de estratégia da Lisbon Brokers para o segundo semestre do ano hoje divulgada, a Cimpor, a Galp, a Brisa, o BCP e a Zon "são particularmente atraentes de um ponto de vista de potencial de valorização".

BCP
Para o BCP, a corretora lisboeta diz que este "tem passado por muito nestes últimos anos, mas parece ter assentado rapidamente", sendo esperado que os resultados do trabalho da nova administração comecem a dar frutos nos últimos seis meses do ano.

"O BCP tem vindo a aumentar consistentemente a sua base de receitas, mais ainda tem muito espaço para aumentar os níveis de eficiência. Por outro lado, acreditamos que os accionistas mais rebeldes não vão ficar parados até os resultados começarem a aparecer", diz o documento, adiantando que, tendo em conta a desvalorização de 57% já registada pelo papel este ano, "que reflecte acima de tudo a tendência do sector, nós [a Lisbon Brokers] seríamos compradores [do papel] a este valor".

O BCP encerrou a sessão de hoje na Euronext Lisbon a deslizar 0,44% para os 1,13 euros.

CIMPOR
Na Cimpor, a Lisbon Brokers diz que, para além da empresa ter uma base fundamental sólida, tem também "uma estrutura accionista intrigante". Notando que "a velocidade e a eficiência com que a empresa integra novos negócios é bastante impressionante", a corretora nota que a sua avaliação de sete euros por acção dá ao papel um potencial de valorização de 72%, pelo que esta seria uma "compradora agressiva do mercado, uma vez que não há vendedores a estes níveis". A recomendação para o papel é de 'Forte Compra'.

A Cimpor ganhou 0,98% para os 4,11 euros na sessão de hoje da bolsa nacional.

GALP
Já para a Galp, o documento nota que esta se está a tornar uma "história curiosa": se por um lado a subida do petróleo está a pressionar as margens do seu negócio de Refinação & Marketing, levando a empresa a apresentar resultados decepcionantes, a presença da petrolífera na bacia de Santos no Brasil significa que em 2009 nenhum portfólio estará completo sem uma quantidade considerável de acções da empresa. Como o preço-alvo de 16 euros por acção da Lisbon Brokers para a Galp implica um potencial de subida de 45%, a corretora avança com uma recomendação de 'Forte Compra' para o papel.

A Galp Energia foi a 'estrela' da Bolsa de hoje, tendo chegado ao fim do dia a disparar 17,27%.

BRISA
Na Brisa, embora note que "o modelo de negócio está algo em risco devido ao abrandamento dos números do tráfego e possibilidades limitadas de expansão em Portugal", a Lisbon Brokers aprecia o facto da rede da empresa no nosso País ser sólida e fonte de um fluxo de dinheiro estável e de baixo risco para esta.

"A razão mais atraente para comprar a Brisa, contudo, é o facto da Abertis, que tem uma participação de 10,23% no capital da concessionária, ter reiterado por várias ocasiões que tem o desejo de criar uma grande operadora de auto-estradas na Europa. Para nós, isto significa que a sua posição na companhia é estratégica".

Assim, tendo em conta as dúvidas que existem em redor da estrutura accionista futura da empresa, o facto do seu preço-alvo pra a Brisa implicar um potencial de valorização de 25%, a Lisbon Brokers avança com uma recomendação de 'compra' para a concessionária.

A Brisa ganhou 1,56% para os 6,50 euros na sessão de hoje da Euronext Lisbon.

ZON
Por fim, a Zon Multimédia é considerada como tendo "um modelo de negócio firme com uma oferta 'triple-play', e que irá em breve ser capaz de oferecer uma oferta 'quadruple-play', depois de ter concluído um acordo com a Vodafone para a criação de um operador móvel virtual". Tendo também em conta a possibilidade de expansão da empresa liderado por Rodrigo Costa para África, a Lisbon Brokers reforça a sua recomendação de 'Forte Compra' para a companhia, bem como a sua avaliação de oito euros por acção, com um potencial de valorização de 36%.

A Zon encerrou a sessão de hoje na Bolsa inalterada nos 5,88 euros.

2008/08/02

Os putos estão bonitos

Fomos a casa do Pedro. os putos estão cada vez mais bonitos.
Contiuamos a ter muita dificuldade em lidar com os adultos sobretudo quando a Andreia está presente. Só com o Pedro é diferente. Aparece mais solto mais ele próprio. Com ela parece que está sempre a pedir a aprovação para tudo quanto faz.
Não sei porque a Andreia tem este comportamento. Suponho que é mesmo falta de educação.
A relação com os putos está a melhorar especialmente com o João. De facto tenho pouco geito para lidar com putos pequenos. Acabam-se as "gracinhas" depressa. espero que cresçam depresssa.




A histeria da Bolsa

2008/07/29

Crónicas de Bali 1

Finalmente hoje ficou definido o percurso para Bali.
Iniciam-se aqui as Crónicas de Bali sendo que, a primeira dá notícia das espectativas
Boa gente, boa comida, paisagens magnificas, cultura diferente das excursões habituais.
Veremos se corresponde às expectativas.
Apenas um senão. É muito, mas mesmo muito longe.
Em termos prácticos tenho que ir obter o visto na Embaixada da Indonésia para onde telefonei hoje tendo sido atendido por ume senhora amablissima que me explicou tudo.

2008/07/27

Citação

Com a devida vénia ao Ponta e Mola aqui vai uma "máxima" que, não tendo com certeza como alvo muitos dos "senhores" que por aí andam enterrando empresas sobretudo as públicas, se aplica na perfeição:

Malandro que é malandro não estrilha, muda de esquina...

2008/07/19

Nelson Mandela

Não são precisas apresentações nem escritos sobre aquilo que já (quase) toda a gente sabe sobre o Homem (assim mesmo, com H grande).

Aqui fica, com a devida vénia a manuel Queiroz do DN, o mesmo desejo de Joseph Blatter e cito ... espero vê-lo na cerimónia de abertura do campeonato do Mundo de 2010...
Eu também.

A REVERÊNCIA A MADIBA

Manuel Queiroz
jornalista

Os 90 anos que Nelson Mandela festejou ontem em família, em Qunu, onde cresceu, foram celebrados pelos jornais sul- -africanos com a reverência devida a um paitria. Todas as manchetes foram dedicadas ao ex- -presidente da República, ex-combatente do ANC e hoje ícone mundial da paz e da defesa de uma sociedade democrática e multirracial.

O mais interessante dos títulos é o do semanário Mail&Guardian de Joanesburgo: "Mandela @ 90", ou seja, "Mandela aos 90". Com um simples sinal moderno, deu um sentido de futuro a alguém que completa nove décadas de vida, que obviamente já teve mais saúde e que, mesmo assim, é um homem que transmite esperança. O The Star encima a capa com o título "Muitos, muitos parabéns, Tata Mkhulu", um nome que lhe deram os habitantes de Qunu. Nelson nasceu em Mvezo, no Transkei, numa família de linhagem na tribo dos Thembos (de que o seu bisavô foi rei), mas aos dois anos o seu pai mudou-se com a família para o local onde Mandela iria viver e onde hoje existe o museu com o seu nome e onde tem uma casa. Por isso também, o Cape Times, da Cidade do Cabo, diz na manchete que "Todos os caminhos vão dar a Qunu", ainda que ontem a festa fosse privada. Hoje haverá 500 convidados para a festa política, onde estarão os líderes do país e do seu partido.

Ontem muitos jornais do mundo colocaram Mandela na capa, ainda que em termos de personagens globais, o líder sul-africano sofresse ontem a concorrência do Papa Bento XVI nas primeiras páginas, por causa da sua visita à Austrália e da sua homenagem aos aborígenes.

Todos os sites dos jornais põem à disposição dos leitores serviço de mensagens para Nelson Mandela, que chegam de todo o mundo. Mas a mais importante para a África do Sul chegou por outras vias e veio de Zurique, da sede da FIFA, já que o Mundial de futebol de 2010, previsto para o país em 2010, tem sido posto em dúvida pelas dificuldades em terminar as infra- -estruturas necessárias. Mas Sepp Blatter mandou uma mensagem dizendo: "Espero vê-lo na cerimónia de abertura do Mundial da África do Sul, em 11 de Junho de 2010."

2008/07/12

Polo Norte

Caro Fernando Frazão,

Tratando-se de um diário económico, podíamos aplicar aquele ditado que diz “se a asneira pagasse imposto, o Estado seria mais rico”. Este texto é um completo disparate elucidativo do modo como os órgãos de comunicação social tratam o assunto que é de uma importância enorme para todos os cidadãos. A RTP também disse o mesmo em nota de rodapé. Reclamei perante o Provedor do Telespectador dizendo-lhe que a RTP estava a desinformar e desrespeitar os próprios contribuintes de um serviço que é pago para informar e não desinformar. Vejamos:
- Aquela situação é uma impossibilidade física. Se tal acontecesse, o Hemisfério Norte ficaria sem vento (as eólicas paravam completamente), sem humidade, etc.

- Neste momento exacto, o gelo marinho do Pólo Norte tem uma área com mais 1 milhão de quilómetros quadrados do que tinha em igual data do ano passado. Não quer dizer que não venha a ter menos do que o ano passado. A Mãe Natureza é que vai determinar a situação em finais de Setembro próximo futuro. Mas se tiver mais do que no ano passado, ou qualquer que ela seja superior a zero, acha que o Diário Económico e a RTP vão corrigir o disparate?

- Já agora, o gelo marinho do Pólo Sul, nesta altura, também tem mais 1 milhão de quilómetros quadrados de área relativamente ao ano passado. Ou seja, só a contribuição polar para a crioesfera apresenta 2 milhões de quilómetros quadrados a mais, o que é uma notícia extremamente positiva escondida pelos media.

Grato pela sua mensagem, fico à sua inteira disposição para qualquer esclarecimento que seja capaz de dar.

Rui G. Moura



De: Fernando Frazao [mailto:fernando.or.frazao7@gmail.com]
Enviada: quinta-feira, 10 de Julho de 2008 21:45
Para: rui.g.moura@sapo.pt
Assunto: Polo Norte


Boa noite

Sou um leitor atento do seu blogue.

Gostaria que comentasse o artigo (?) publicado hoje no Diário Económico com o seguinte texto:


Pólo Norte sem gelo este ano

O Pólo Norte pode ficar sem gelo este Verão. Os cientistas dizem que este é um cenário mais do que provável e a culpa é do aquecimento global, que há mais de dez anos que está a reduzir a camada de gelo do Pólo Norte. Mark Serreze, investigador do Centro Nacional da Neve e Gelo dos Estados Unidos, disse à agência "France Press" que em Setembro é concebível que barcos possam mesmo navegar do Alasca ao Pólo Norte.

Cumprimentos



Fernando Frazão