2009/01/05

Polémica 2009

O objectivo era mesmo e só desabafar.

O que tu escreves é o que tu pensas (nunca o interpretei de outra forma). O que escreves eu também o penso. Eu não estava era a referir-me à da evolução da humanidade, não falava em descrédito pela humanidade e não falava em regressões nem avanços. Eu não me preocupo se a humanidade está mais evoluída hoje do que ontem. Esse exercício é dificílimo e complexo demais para mim. Posso pelo meu bom senso pensar que: concordo contigo. (Sabendo eu que o bom senso muitas vezes se engana! Senão o sol girava à volta da terra.). Espero que este mal entendido, gerado pela não conclusão e pela falta de conteúdo substantivo do meu texto esteja esclarecido.

"Muitos homens acreditaram que estavam a tomar a atitude mais correcta só fizeram foi merda." Limitei-me a escrever o único senão de uma frase que é escrita como uma verdade, nada mais, de resto estamos de acordo. A contagem que sugeres não me leva a lado nenhum. Muito homens e mulheres fizeram tanto bem como mal na sua vida. É uma das características que faz os humanos diferentes do resto do mundo animal, essa capacidade de sermos contraditórios nas nossas acções e sentimentos, a capacidade de gerar ódio e Amor pelo mesmo objecto. Somos complexos demais para tal contagem…

O desabafo que tive é motivado por um sentimento de desilusão que sinto desde há muito. Vou tentar muito sinteticamente explicar, temo não o conseguir sem suporte a imagens, filmes, documentários, livros, para completarem o conteúdo com a substância que quero, mas sabendo eu que o receptor és tu pode ser que com o teu próprio conteúdo possas completar o que falta. Afinal já diz o povo que para “bom entendedor meia palavra basta”.

O escrito pode se chamar…

Desilusão

Eu fico desiludido quando vejo sociedades, instituições, empresas, pessoas que se entendem e entendemos como evoluídas, que tiveram acesso a educação, que em discurso defendem a equidade, que compreendem a importância da ética e deontologia das suas profissões…e que levados por motivos que podem ir desde o interesse pessoal, ao lucro da instituição que representam, serem levados a desrespeitar seres humanos, instituições e direitos que foram ganhos muitas vezes com o sacrifício de muitas vidas…

Por exemplo:
A sub-contratação nos países sub-desenvolvidos:
Do ponto vista de um economista isto é muito bom. Atrai investimento; dá postos de trabalho; o empregado por pouco salário que seja é melhor que não o ter e comer o arroz que tira da terra, ajuda a sociedade precária a sair do estado de sub-desenvolvimento. Do ponto de vista do gestor é igualmente bom, baixa os custos, downsizing…
O meu ponto de vista é humanista: as empresas na maioria das vezes “têm” valores que fazem toda a pompa em comunicar, (solidariedade, responsabilidade social, modernidade…). Enquanto instituição comunicam e afirmam aos seus consumidores certos atributos que os condicionam na sua acção (uma questão de coerência com os valores que assumem) Como tal, situações que vão contra os direitos humanos, direitos do trabalhador…( há muitas situações, neste momento vem-me muitas imagens, muitas geografias, várias empresas, vários ditadores…é triste, fazem-me chorar, enfim…), situações que vão contra toda a comunicação que essas empresas afirmam ao público tornando-se ou criminosas ou incoerentes com a sua própria palavra. O meu ponto de vista é o Humano e eu adoro este ser. Mas como disse gero sentimentos complexos e contraditórios em relação ao mesmo “objecto”. O economista tem razão e o gestor também mas eu dou ênfase a que na base da mudança dos meios de produção não está nenhuma intenção altruísta de ajudar o mundo, está simplesmente o objectivo de baixar custos, aumentar os lucros…

As marcas quando exploradas e interrogadas como eu as interrogo, dão numa lista considerável de informação a consumir. Eu desde que iniciei o meu curso que fui obrigado a conhecer a fundo as Marcas. As Marcas, levaram-me a muitos textos, que me aguçaram a curiosidade, sublinhei esses textos, que me levaram a muitos escritos (esta dos escritos retirei do texto que não me irritou apenas) documentários, livros, etc… depois do primeiro texto vão 7 anos de investigação que me ajudou a confrontar-me com imagens, discursos na primeira pessoa que originaram em mim algumas conclusões e principalmente sentimentos de desilusão, não com a humanidade mas para com situações e pessoas concretas.

Perceber que mais que uma empresa ou um simples nome, uma Marca pode ser tudo, desde uma pessoa, a uma música, um desporto, um país, sendo que, a maior parte são empresas com fim lucrativo. O que os Marketeers perceberam foi que: mais que um nome, país, empresa, uma marca deve ser compreendida como uma pessoa ou seja uma entidade com valores e personalidade. Simplesmente porque perceberam que o famoso target, identificando o tipo de valores que a marca representa na sociedade e percebendo que esses valores são os que possui ou ambiciona possuir geram nele um sentimento de identificação e também (como somos seres sociais que somos) a noção que os outros consumidores vão percepcioná-lo e conotá-lo com aquele tipo de atributos e características Logo, nós compramos x ou y para puxar para nós certos valores e transmitir aos outros o que somos. Se usarmos um pólo lacoste, um Mercedes e um I-phone somos uma pessoa de certo tipo social, personalidade, valores, etc...se usar um nokia, uma t-shirt Nike, e um Jeep sou outra… não é uma verdade absoluta á muita gente que compra ainda pela qualidade…mas para este texto não importa ir por aí.

Cada Marca, seja uma instituição, uma empresa, uma pessoa ou um país quando pensada gera em nós uma quantidade de associações que podem ser: características de personalidade, valores, atributos etc.
Se pedirmos a um grupo de pessoas para pensar na marca Alemanha por exemplo virá á sua cabeça uma quantidade de atributos qualidades e defeitos muito diferente da marca Brasil.
Importa agora distinguir que as marcas País são o que são, fruto de um percurso que não foi pensado, foi o somatório de muitas coisas que a conotaram com diversas características, de este modo estas marcas não desenvolveram uma estratégia para se posicionar na nossa mente, são marcas “ingénuas” (agora, os países já perceberam que são marcas e alguns já desenvolvem estratégias de comunicação para os posicionar na mente dos estrangeiros como país com determinadas características e para quê? Para atrair ou turistas ou investimento…).
O marketing está em tudo até no penteado do político. Sendo a missão do Marketing “perceber uma necessidade e satisfazê-la” se o guru que está por trás da campanha do Político de Direita disser que ele deve crescer a barba (aparada) porque está conotado com pessoas conservadoras ele aparece de barba aparada. Se for o mesmo guru, mas o candidato de esquerda, ele dirá: podes deixar crescer a barba mas não a apares. Porque uma barba assim, é mais á Che, Marx, mais Avante,e ele assim aparece. Nós observamos, identificamo-nos e compramos. (Exemplo puramente académico) Eu compreendo que o Marketing esteja na política mas não concordo que ele lá esteja (este dá outro escrito)
As Marcas na sua maior parte são cínicas e comunicam os valores que sabem previamente ser iguais ao dos consumidores que as vão comprar. Tudo o que é dito em forma de publicidade, comunicado de imprensa, tudo é pensado ao detalhe, o que sai sem ser pensado é o que foi fruto de uma notícia. As notícias como tu questionaste e bem ao Fernandes, são escolhidas mediante diversas premissas. Actualidade, interesse do público, impacto, blá, blá, não numa lógica deontológica (perfeitamente regrada e escrita) como deveria ser, simplesmente porque os jornais são empresas, logo esperam gerar lucro. (esta também dá outro texto extenso como estou a adivinhar que este vai ser). Tu estás certo, o Fernandes sabe que estás certo, o Administrador sabe que estás certo, mas quem faz a escolha é o lucro, a venda, a competitividade e a quota de mercado. Logo O Katrina é mais importante que o…

Como tu referes e bem no teu texto a humanidade não é um todo, é muitos, é a soma de muitas partes. Umas muito evoluídas, outras infelizmente muito atrasadas. Se a parte que teve a sua educação, crescimento numa sociedade atrasada comete atrocidades contra o ser humano, porque ainda não evoluiu o suficiente para perceber ou atribuir o valor de cada ser humano, nem compreender a importância da Convenção de Genébra, dos direitos do Homem, dos direitas da criança, dos direitos do trabalhador, eu percebo e compreendo que seja menos criticável. O que eu não compreendo e crítico, e é isso a origem do desabafo, é quando estas ofensas e crimes vêm de partes que são educadas, jogam golfe, usam colarinho branco…importa agora que se perceba que uma marca ou empresa é uma estrutura composta por várias pessoas, algumas, como os administradores (interessam mais porque são os decidem) passam por lá, mas não são de lá, assim como estas empresas não são dum sítio são entidades supra nacionais. Os accionistas não decidem, esperam o lucro. São os donos mas não decidem. Sei que esta frase tem muito que se lhe diga. (porque será que a Sonangol accionista de uma data de Bancos em Angola, outros temas que no fundo são o mesmo “ já dizia o outro que “na ciência, tudo está relacionado com tudo”) mas que para efeitos jurídicos e mediáticos serve. Quem tem culpa no BPN? Só ouço falar dos administradores, os coitadinhos dos accionistas só perderam dinheiro…
O que quero fazer provar é que é muito difícil de entregar uma culpa e é difícil que os colaboradores sintam uma culpa. Esta é diluída por toda a instituição. Percebo que haja muitas pessoas que são responsáveis por atrocidades que nem elas têm consciência ou noção do que as suas acções irão provocar.
Um exemplo prático: Aqui na DCM um grupo de trabalho discutia como comunicar a certo target de forma a aumentar a adesão ao crédito. Depois da crise do sub-prime, depois de debates que apontavam os bancos como importantes na educação financeira da sociedade e que os apontavam como responsáveis pela crise por estarem a comunicar e incentivar ao crédito constantemente…tendo estas pessoas a perfeita noção do que falo atrás, utilizaram ao máximo a sua inteligência para arranjar novas formas de incentivar ao crédito. O curioso é que não se sentem minimamente responsabilizadas ou culpadas com a situação grave que poderá nascer da sua acção, e porquê? Porque estão a responder a uma autoridade. Foi provado por psicólogos em experiência, que o ser humano quando mandado por uma autoridade é capaz das maiores atrocidades, simplesmente porque não foi ele que o decidiu fazer, foi uma AUTORIDADE (Posso descrever a experiência noutro texto). E o jogo do follow the leader como tu afirmas está no chamado consciente colectivo do ser humano. Desde que somos homens que há líderes…ainda em macacos já tínhamos líderes. E que remédio têm essas pessoas senão procurar soluções para vender crédito, estão no seu trabalho, o que vão fazer? Dizer estas razões ao seu chefe! Claro que não o fazem! Primeiro o seu ao fim do mês, a sua família os eu conforto, bem estar… O que eu digo e os psicólogos dizem é que o sentimento de culpa e responsabilização nem sequer é gerado porque existe a AUTORIDADE.
Se a instituição fizer merda esta também não sente culpa, afinal ela não é um humano é composta por humanos, como os humanos colaboradores não geram culpa porque foram mandados pela autoridade; como essa autoridade muitas vezes é demasiado poderosa economicamente, com muitos conhecimentos políticos e favores devidos e pensando na hierarquia de poderes… é difícil ser julgado. Muito menos se tiver importunado pessoas sem capacidade de se fazer ouvir, logo, estamos perante um longo encadeamento viciado onde ninguém tem culpa.

Muitas empresas são coniventes com diversos estados corruptos, ditatoriais... escapam-se à crítica e aos media através dos imensos gabinetes de relações públicas que têm omitindo os factos, escondem-se atrás da teoria económica que prova que o investimento estrangeiro traz ao país, (verdade em teoria) conseguem esconder-se porque sabem que os jornais não fazem notícia de coisas que são bombas do outro lado da cidade. E sabem que a maior parte das pessoas não se acham capazes de mudar o mundo, aliás não querem mudar o mundo, querem é mudar o sofá da sala.
Importa agora pensar, qual o retorno que algumas empresas entregam ao país que as acolhe? Aquele que lhes possibilita lucros ou pela mão de obra barata ou pela exploração das suas riquezas naturais. Qual a medida a proporção que é dada á sociedade/local vs o lucro gerado.
Poderão dizer: O que a empresa pode fazer se o estado daquele país é gerido por um indivíduo ou indivíduos corruptos? A empresa não pode fazer nada? Dá o dinheiro ele mete no bolso. Mentira e das grandes? Pode e muito. Pode se for consciente como o afirma na sua comunicação e os que mandam perceberem que só têm aquele investimento no seu país caso façam cumprir algumas regras, aposto que essas pessoas (que só fazem coisas se lhes tocar no bolso) as fazem na hora. O facto é que muitas vezes acontece o contrário, exactamente o contrário. Ouve alguém que disse que “o terceiro mundo existe para o conforto do primeiro”. É neste ponto que gostaria de introduzir a importância política que as Marcas têm hoje em dia. Como sabemos há três poderes: Económico, político/jurídico e religioso. O poder económico é o mais poderoso nos tempos que correm. Das 25 maiores economias do Mundo uma dezena são empresas.
É este o poder que certas empresas têm no mundo. Se forem entidades, com falsos valores, com o propósito de gerar lucro, com responsabilidades diluídas, podem se tornar entidades perigosas para o nosso bem estar geral. Se for verdade que o terceiro mundo existe em prol do primeiro, (frase que eu procuro contradizer desde há uns anos, mas cada vez mais me vejo obrigado a concordar), então, estas empresas vão continuar a querer um terceiro mundo e pouco vão fazer para mudá-lo, afinal o seu propósito é gerar lucro, isto era verdade até se auto intitularem “pessoas” com fortes acções de filantropia o que as obriga a no mínimo ser coerentes com o que dizem que são.

O que me custa e me importuna é as atitudes e actos versus os valores comunicados e conotados com os emissores, é só isto. Eu também tenho actos ás vezes incoerentes com aquilo que digo ser, quando os tenha sinto-me mal, quanto maior for impacto de má atitude, mais mal me sinto. Pois bem, sinto que há mais psicopatas (leia-se pessoas incapazes de gerar sentimentos, pessoas que quando o seu cérebro investigado, gera exactamente o mesmo sentimento quando lhe é dito as palavras: coelho ou violação) do que aquilo que imaginamos e há muitos que andam de colarinho branco.

Custa-me me ver que na base de todas estas informações que vou consumindo está o lucro. Custa-me porque: Seguindo raciocínio do cientista que tudo está relacionado com tudo, como de facto está, ou que o bater de asas de uma borboleta no oriente provoca um… Estando a acção política sujeita ao poder económico. Estando os países numa lógica de crescimento e competitividade. Estando o homem na busca intemporal do bem estar e conforto, vão-se adiando ou fechando os olhos a muitas políticas que devem ser implementadas.

Por exemplo:
Durão Barroso no discurso que fez numa sessão que tinha como grande pasta a discutir o ambiente e as políticas ambientais, tornou-se vítima dos acontecimentos da crise sub prime que tinha acabado de rebentar, o Durão começou o discurso que não consigo proferir literalmente mas que era algo deste género.
Apesar de estarmos todos neste momento preocupados e absorvidos com a resolução deste problema que pode influenciar milhões de pessoas não podemos descurar as políticas ambientais, pois podem a médio prazo influenciar muitas mais…facilmente se conclui a escala de valores da actualidade e a dificuldade do poder político face ao poder económico. E de facto ouve um desinvestimento nesta pasta. Isto, de facto, preocupa-me muito, porque todos os cientistas e biólogos afirmam que a bio-diversidade está em risco, as mudanças climáticas são duvidosas e por provar, o aumento das temperatura está por provar, mas os números de espécies em vias de extinção é assustador, e aumenta de ano para ano. Estamos à beira de uma crise sem precedentes e vítimas de tudo o que tentei explicar, atrás vítimas de nós, da nossa postura, da expectativa que temos para a nossa vida, da nossa cultura competitiva e consumista, e vítimas de uma culpa sem cara... E isto tem a ver com tudo porque:
Um cientista que não me recorda o nome num documentário da BBC e que não consigo reproduzir literalmente, disse. O mundo desenvolvido que se mostra altamente preocupado com as espécies, com o ambiente, com as florestas… não percebe que na origem desta desgraça está o mal estar do ser humano autóctone. Como posso eu explicar que não se pode matar gorilas no Congo quando aquelas pessoas os matam para terem dinheiro para viver e comer.
Como posso alertar e convencer pessoas que estão em habitações precárias no meio da selva que não devem matar os leões, quando estes para além de serem uma ameaça para a sua família, são uma fonte de dinheiro e uma hipótese de pôr comida á frente dos filhos, como posso criar uma consciência ambiental se essas pessoas não têm educação… primeiro cuidem de cuidar dos homens dos países onde estas espécies habitam e vão ver que muitos dos problemas deixam de existir. Sabemos nós que a maior parte da Bio-diversidade se encontra em países muito mal economicamente e em estados evolutivos ainda muito precários. Mesmo nós, tínhamos lobos, tínhamos! Apontam o dedo aos do Congo, manquem-se.

Uma analogia de outro cientista do mesmo documentário:
A bio-diversidade é um muro, cada pequeno tijolo é uma espécie. Podemos ir tirando uns quantos tijolos que a parede não cai mas se continuarmos a retirar muitos mais, toda a parede vai ruir.
Quem teve aquários sabe que a diferença de dois graus pode significar a morte de todos os peixes daquele mini habitat. Quem nunca teve hipótese de ter um simplesmente interpreta os dois graus como o seu corpo os sente. Dois graus de diferença não é nada! A minha desilusão vem deste exercício. O exercício que eu gostava que todos tivessem hipótese de sentir. O exercício que me desilude, porque sou um ser sensível capaz de sentir os outros humanos ou animais. Desiludido apetece-me gritar aos não são capazes de sentir os que são da mesma espécie. Façamos o exercício sentindo a peles dos outros, seja dos peixes, seja dos Quenianos, dos Sudaneses ou do vizinho. Estou desiludido porque esperava mais de certas pessoas, instituições e empresas que pertencem a mundos desenvolvidos, com informação, com bases éticas… estou desiludido que esperava erradamente que certas pessoas nunca conseguiriam ultrapassar ou melhor passar por cima do seu próprio eu, por cima de tudo o que sabem como correcto, em nome de uma autoridade, em nome do lucro, em nome de sei lá eu o quê. Eu estou desiludido porque esperava mais. E acontecem umas atrás de outras, provas e mais provas …a minha desilusão é descabida porque eu é que analisei e conclui mal o bicho homem. Há muitos exemplos que me desiludiram, abaixo escrevo o que me desiludiu mais neste contexto, desiludiu-me porque dele extrapolei muita coisa , e foi através dele e da investigação sobre o mundo empresarial e o impacto que tem nas nossas vidas que de facto há muitos homens que não prestam que só pensam no seu bem estar e conforto e que são capazes das maiores atrocidades apenas para satisfazer essa intemporal necessidade. Desiludo-me porque pensava e ainda penso que a educação e o avanço das sociedades entregava a todos os homens outros pesos na sua balança…

Esta foi a grande mentira vivida, em directo no dia, para muitos passou, para mim não. Podem falar dos motivos a ou b desta guerra, também me importa, mas que ela nasceu de uma mentira nasceu e isso desilude-me.
Mentira na ONU na pessoa de Colin Powel representando o governo dos E.U.A. justificando a guerra no Iraque. Importa-me isolar este acto histórico. A guerra pode ser pelo petróleo, pela geo-estratégia, por vingança do Pai Bush, por isto, aquilo ou aqueloutro, seja qual o motivo interessa-me, mas noutro texto não neste. Como pode um governo do país E.U.A em alinhamento com o governo de Blair manipular provas para alavancar uma guerra? Como é que isto é possível em pleno séc: XXI? Que se aproveitem da queda das torres para ter o aval da sua população para abrir ofensivas militares em alguns países que estão conotados com o terrorismo já é mau. Mas terem o desplante de forjar provas e mentir em plena sala da ONU é para mim o supra-sumo de todas as mentiras que vivi. (das provadas claro! Que há outras que sinto como falácia mas senão há provas, não as há) Importa-me porque desautorizou aquela que é das mais belas instituições que o homem originou… importa-me porque a partir da prova desta manipulação conclui que todas e muitas outras torias da conspiração ganham um sentido maior…importa-me porque segundo informação que recebi o General Powell estava contra esta acção e na mesma fez parte dela porque a AUTORIDADE o mandoum e porque ele estava demasiado envolvido, afinal é o Gen. Powell naõ podia dar numa de Ali.

O Muhamad Ali disse: essa guerra não é minha eu não vou. Gostava que fossemos todos assim…mas a balança tem muitos pesos, muitos mais que eu pensava existirem


A Salazarofilia fica ou da Salazorofobia fica para outro texto. Fecho este imenso desabafo que não pretende ser nada, pretende ser apenas ser aquilo que é: A forma como eu interpreto as coisas. Muitas coisas ficaram por dizer, principalmente factuais, mas que eu espero, como dito atrás que tenhas essas imagens na cabeça e que consigas sentir o que falo. Eu não odeio o ser humano eu amo o ser humano é por isso que me revolto e me desiludo, simplesmente não suporto as injustiças que vou vendo. Eu acredito no Robin dos Bosques, eu acredito que os mais fortes devem proteger os mais fracos, que os mais velhos devem ensinar os mais novos e que os que vêm mais que os outros lhes batam no ombro e nos mostrem o caminho. Por esta última frase te agradeço, porque me bateste muitas vezes no ombro e me mostraste o caminho, sem nunca e me teres levado pela mão, dando-me liberdade de apalpar e provar o meu caminho pelos meus passos, sentidos e razão. Obrigado, Pai.

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não
esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela
vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios,
incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos
problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no
recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter
medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para
ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

Fernando pessoa o homem que fez o exercício de sentir os outros e teve capacidade de escrever a experiência, eu tento sentir como ele, escrever a experiência é que vai ser impossível

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